sábado, 2 de abril de 2011

RESTAURANTE CABANA DO SOL – SÃO LUIS – MA


    Estive há pouco mais de duas semanas em São Luis do Maranhão e, como sempre, saí em busca de um bom lugar para se comer.

    São Luis é uma capital ainda em desenvolvimento. Das capitais do Nordeste do Brasil é, sem dúvidas, a mais carente em infraestrutura e desenvolvimento. Mas no quesito que nos interessa – a culinária – apresenta excelentes opções para seus moradores e visitantes.

    Obviamente tudo fica mais fácil quando temos alguém do local para nos indicar. E assim foi: um tio de minha esposa nos levou para jantar num restaurante que foi, para mim, uma grata surpresa: Cabana do Sol, localizado no bairro de Calhau, na Avenida Litorânea, onde há várias opções de bares e restaurantes.

    O ambiente é ótimo: dois andares bem espaçosos, com direito a uma área externa de frente para a o mar no térreo. O restaurante é novíssimo e muito bem decorado. E o serviço também foi muito bom – embora tenhamos ido num domingo a noite, quando o movimento era baixíssimo.

    Indo direto ao que interessa: o restaurante apresenta um cardápio bem variado, dos mariscos aos pratos regionais. Chamaram minha atenção a mariscada, a carne de sol de filé e o Arroz Proença (arroz de camarão). Mas acabamos mesmo escolhendo um dos carros chefes da casa: o Rosbife Cabana. É uma peça inteira de rosbife (não aquele que normalmente se compra no mercado, quase cru, mas sim o feito na panela), com um delicioso molho extraído da própria carne. Acompanha um arroz puxado de fundo da panela (maravilhoso!), batata sautê e banana frita. Um prato muito bem servido, que alimenta bem três pessoas (desde que uma delas não seja o Sergio...).

    Penso em retornar quando da próxima vez em São Luis. O arroz de cuxá, prato típico do Maranhão, está na mira! Abaixo segue a receita do rosbife á cabana.

    Para quem quiser visitar e conhecer um pouco mais do restaurante, acesse: http://www.cabanadosol.com.br/content/home/

    Um abraço!

    Daniel

Receita de Rosbife à cabana

Ingredientes

1 peça de filé mignon de 1,5kg
Sal a gosto
1/2 colher (sopa) de alho amassado
1/4 xícara (chá) de extrato de tomate
1/2 colher (chá) de pimenta do reino
1/4 xícara (chá) de manteiga
1/4 xícara (chá) de conhaque
1/4 xícara (chá) de água quente
1 colher (sopa) de amido de milho
1 xícara (chá) de água fria

Molho

1 colher (sopa) de azeite
1/2 xícara (chá) de pimentão verde picado
1/2 xícara (chá) de pimentão vermelho picado
1/2 xícara (chá) de pimentão amarelo picados
1 cebola média fatiada
1/2 xícara (chá) de tomates fatiados
Cebolinha a gosto

Modo de preparo

Limpe a peça de filé mignon, retirando toda a gordura.
Faça cortes transversais, sem separar a peça.
Polvilhe cada fatia com o sal.
Vire a peça do outro lado e salgue novamente.
Faça o mesmo com o alho, passando em todas as fatias e virando a peça.
Repita o procedimento, passando o extrato de tomate e, em seguida, a pimenta do reino.
Junte a carne, no formato original da peça e reserve.
Em uma panela grande, derreta a manteiga e coloque a carne.
Mexa bem, para dourar de todos os lados.
Adicione o conhaque e deixe evaporar.
Acrescente a água quente.
Dissolva o amido de milho na água fria e adicione na panela.
Deixe ferver por 2 minutos para engrossar, mexendo sempre.
Reserve.
Molho

Em uma frigideira, aqueça o azeite.
Junte os pimentões, a cebola e o tomate, mexendo por 5 minutos.
Despeje esse molho sobre o filé.
Salpique a cebolinha e sirva.
Rendimento: 4 porções

quinta-feira, 31 de março de 2011

Simplesmente Al Muvebre


Hoje é uma data especial, minha esposa completa 30 anos. Para comemorar, logicamente, a presença de um bom vinho à mesa se faz necessária.
O clima no Rio de Janeiro está ameno e, por conta disso, a pedida foi um vinho menos encorpado, à temperatura de 16 graus e com personalidade, afinal, a data pedia. Um vinho espanhol sempre tem essa tal personalidade, até mesmo o ímpeto de adquirir uma garrafa desse país guarda certas peculiaridades. A Espanha durante muitos anos ocupou papel secundário no mercado mundial de vinhos, mas em meados da década de 90, até mesmo antes disso, as coisas começaram a mudar. Hoje, como em todo o país que preza a tradição do vinho, a Espanha produz bebidas incríveis e, como conseguiu se reorganizar, tem hoje lugar de destaque no cenário de produtores mundiais.
Aqui em casa o vinho que escolhemos hoje foi o Al Muvedre, um tempranillo de Alicante que, para mim, foi uma surpresa muito feliz. Fica a dica para um dia de temperatura agradável com boa comapahia e um bom prato tendo como "artista" principal o bom e velho filet mignon, não muito temperado, claro.

Gustavo

Nunca mais...

Não sou metido a besta e muito menos dado a protocolos muito rígidos quando o assunto é vinho. Estudo sobre o assunto e gosto de tomar um bom vinho (principalmente acompanhado de um bom prato) e, por experiência própria, digo que está difícil encontrar um supermercado preocupado com o paladar do cliente.

Salvo algumas exceções (que não vou citar, quem trata bem o produto ou arrasa de vez com ele, sabe o que estou falando), a bebida nobre a que me refiro virou um produto industrializado de larga produção e, por conta disso, talvez por sua abundância, alguns estabelecimentos começam a trata-lo como se fosse um refrigerante.
Não é segredo para ninguém que o vinho é uma bebida complexa que requer certos cuidados, seu transporte é diferente, seu armazenamento é diferente, seu preço e público também é diferenciado e, por conta disso, deve ser tratado com mais respeito por alguns fornecedores.
Venho notando por ai muitas demonstrações de descaso com nossa boa e velha garrafa de vinho, não vou nem citar o fato de nunca estarem deitadas e expostas à iluminação intensa, seria impossível tal estrutura em alguns mercados, mas práticas como colocar os vinhos antigos na frente dos novos ao invés de retirar de venda, submetê-los a oscilações de temperatura e carregá-los e jogá-los como uma garrafa de cerveja, é complicado.
Como disse no início, não sou um cara tão requintado a ponto de passar por uma promoção de um bom vinho e deixar para lá, inclusive fiz isso outro dia. Comprei o vinho, fui para casa, minha mulher havia preparado um macarrão com frutos do mar e uma bela salada... Pena ela ter temperado... Quando abri a garrafa do bom e barato vinho, surpresa! O vinagre estava lá dentro.
Cuidado amigos, muito cuidado, tomar uma garrafa de vinagre não é uma das coisas mais agradáveis.


Gustavo

Mistral

Venho aqui falar da Mistral, uma importadora de vinhos paulista daquelas dos velhos tempos, que trata o cliente com cordialidade, manda catálogos e não se preocupa se você é o dono de um super-mercado ou um enófilo, enfim, um bom lugar para conhecer.
Essa semana estive em São Paulo e conheci o estabelecimento, realmente incrível! Saí com 10 garrafas e muito satisfeito com os preços, a Mistral faz um cadastro do comprador e, vejam bem, você tem acesso aos vinhos que comprou na última vez que esteve lá, tratamento diferenciado.
O melhor é o seguinte, na loja, tive a feliz surpresa de saber que contamos aqui no Rio com uma filial da Mistral, segue o endereço:
Praça Santos Dumont, 74/76. Gávea, Rio de Janeiro - RJ
Gustavo

Sonata #1.



Sonata:
s. f.
1. Mús. Peça de música instrumental composta, em geral, de um alegro, um adágio ou andante e um final movimentado.


Só assim posso descrever nosso primeiro encontro. A alegria encontrava-se dentro de mim. Começaríamos no melhor dos restaurantes do bairro do Recreio dos Bandeirantes,  no Rio de Janeiro: Amadeus. O título do blog, apesar de se chamar Sonata caro leitor, não tem relação com o nome do restaurante e sim com o prato amado por mim naquele dia.
 Começamos com as linguiças de pernil e com os bolinhos de bacalhau, que dão um início digno a um encontro fraternal. As linguiças são gordas e suculentas, vêm quentes para serem abertas e recheadas por um molho à campagna sem registro na História. Os bolinhos são sequinhos e de um tamanho tão espetacular, que podem (devem) ser amassados, para serem cobertos por um azeite português que evelhecera sabiamente no trajeto Lisboa - Rio de Janeiro. O prazer estava à mesa, mas o melhor ainda caro leitor, estava por vir.
 Pois ele chegou à mesa com uma postura que encanta os olhos: "Él Bife de Chorizo".  Um contra-filé argentino, mal passado, com sal grosso na medida certa. Simplesmente divino. É de um sabor único, que o caro leitor, enquanto aprecia o primeiro pedaço, vai ao céu em sublime ascensão e retorna para realidade em graça divina. Acredito que o segredo consiste em espalhar o sal em cada corte dado. Quando passamos a faca, espalhamos o sal nas duas partes: no pedaço que vai à boca, e no filé que continua a repousar no prato.
 Por fim caro leitor, não posso me esquecer das Batatas ao Murro que acompanharam o filé como a "quinta formação romana". Eram leves, porém atacavam com um sabor inigualável.
 Este sim será sempre o prato que amei. Como uma sonata comecei alegre e terminei agitado, pois havia encontrado a música num prato gastronômico.

Começo.



Temos que começar pelo começo. Embora tal afirmação seja óbvia, Os Gastronômicos já se encontraram duas vezes e nós, irmãos de confraria, já passamos por outras experiências pessoais desde o lançamento de nosso blog pelas mãos de nosso irmão Gustavo Velasco.

Irmãos? Sim, irmãos. Uma confraria é formada por membros e esses membros são irmãos. Uma confraria é uma irmandade. Estaremos juntos, ligados, até o fim de nossos dias pelo prazer e amor à alta gastronomia.

Levantai-vos os vossos copos, bebei-vos os vossos vinhos e sorride-vos os vossos lábios, pois várias experiências gastrônomicas farão parte de nossas e vossas vidas.

Por Baco, começo os meus trabalhos.

Sergio.


Sampa


   Entro aqui rapidamente para não perder o hábito e para comentar a grata surpresa que tive ontem pela noite. Jantando aqui na casa da minha cunhada em Sampa, o marido dela, que é um apaixonado por vinhos, apresentou uma pérola chamada "Cavallo Loco - Number Twelve". O vinho é uma série especial da vinícula Valdivisso e, sinceramente, uma surpresa em todos os pontos... Não tem safra, não sai todo o ano (o meu companheiro de copo disse que já tomou o Number Nine e Ten) e é tão complexo que fica difícil conhecer rapidamente tudo o que ele pode nos dar.
Deixamos o vinho respirando 30 minutos na garrafa e, mais ou menos, 10 na taça, foi incrível! O produto não é barato, mas se alguém viajar, vale o pedido.

Gustavo Velasco




Ragú de cogumelos selvagens!



   Realmente Gustavo, aquele almoço foi memorável! Como se diz no popular, começamos com pé direito. Passamos uma tarde muito agradável, regados a um bom vinho, comida de primeira e muitas risadas entre amigos! Cabe ressaltar o atendimento no Restaurante Amadeus: Garçons atenciosos, educados e discretos. Sem falar na sensibilidade do dono e/ou gerente que veio até a mesa, logo após começarmos a degustação dos pratos, perguntar se tudo estava ao nosso gosto. Excelente! Nesse almoço optei pelo filet mignon ao ragú de cogumelos selvagens. Sem palavras… Virei fã do Amadeus! Recomendo a todos que amam e valorizam o prazer da boa gastronomia. Mas, tudo isso não teria o mesmo sabor se não fosse a companhia dos Gatronômicos. Até a próxima…


Rodrigo Franco

Bom, vamos começar os trabalhos...

   Esse blog foi feito por quatro sujeitos que amam se encontrar, beber e apreciar a boa cozinha. Quatro homens e um destino... Os melhores restaurantes do Brasil. Uma confraria criada por quatro amigos para visitar verdadeiros paraísos da culinária brasileira. Aqui não faremos críticas, só elogios, e se seu restaurante é bom e não está aqui, é porque não visitamos ainda. Meu nome é Gustavo Velasco e conto com meus amigos Daniel Valiante, Rodrigo Franco e claro, ele, o grande Sérgio Maurício, quem não conhece ainda vai conhecer.
   Nos encontramos uma vez por mês para sentarmos à mesa, tomarmos um bom vinho (que modéstia à parte fica por minha conta) e comermos com o prazer que escrevemos.
Nosso primeiro encontro foi em um restaurante situado no Recreio dos Bandeirantes, seu nome é Amadeus, localizado na Avenida Alfredo Baltazar da Silveira, n. 1829 – Recreio dos Bandeirantes – Rio de Janeiro, a famosa Via 9. Esse restaurante é um cantinho recomendável aos interessados em boa carna de caça, carnes nobres e com cortes argentinos e uruguaios, excelente! Vale lembrar que a linguicinha de entrada, como aperitivo, é fundamental para o desenvolvimento da conversa e do almoço.
   A minha pedida foi um arroz de pato que dividi com o Daniel e, posso falar, da melhor qualidade! Para combinar um vinho português frutado chamado Monte Velho, que pela safra recente, foi necessário deixá-lo respirando uma meia hora para depois a coisa ficar linda! O pato com o vinho tinto encorpado foi a pedida. Meus amigos Sérgio e Rodrigo atacaram em outras frentes, mas essa nota eu deixo para eles. A minha foi 10!

Gustavo Velasco